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Permitir-Me

Bauru, 24 de novembro de 2024.

Olá leitores de plantão, como estão?

Às vezes, poucas palavras dizem muito. Concordo plenamente com isso. Sempre acreditei nisso. Talvez por isso eu tenha criado um selo chamado “Mais que mil palavras”, onde tento mostrar o quão o pouco pode carregar um significado imenso — um gesto, uma palavra, até mesmo algo que passa despercebido. E isto pode ser o suficiente para transformar um momento ou revelar o que realmente importa. Talvez seja por isso que eu ame ler. Cada narração, cada descrição, existe um universo de sentidos! Não apenas no enredo ou nas palavras, mas naquilo que se revela por meio dos sinais, da linguagem corporal, das entrelinhas, onde cada movimento, cada pausa, cada sinal pode revelar algo mais profundo.

E não falo isso apenas sobre o romance – embora ele seja um exemplo evidente de como o afeto e a paixão são construídos –, mas também penso em suspenses. Neles, quando o narrador é falho ou pouco confiável (e, vamos ser honestos, eles sempre são), até o mais sutil dos gestos nos faz desconfiar que alguém pode ser o vilão.

Mesmo acreditando no poder das pequenas coisas, confesso que carrego um medo… Tenho medo de não saber o que dizer. Pior ainda, o de não ter o que dizer. Medo de olhar para uma página em branco e sentir que nada do que eu tenho a dizer vale a pena. Acho que, sem perceber, me prendi novamente a essa ideia de perfeição, de que tudo precisa ser grandioso ou impecável — esse ideal que nunca chega, mas sempre pesa. Há muito tempo, eu quero escrever. Sei que existem outras prioridades no momento, e aceito isso. Mas a verdade é que, sempre encontro desculpas. Muitas vezes, quis registrar algo simples – até bobo – e desisti. Desisti porque aquela voz na minha cabeça insistia: “Isso vai agregar algo a alguém?”.

Essa voz me persegue. Ela questiona se eu tenho conteúdo suficiente, se vale a pena. E, muitas vezes, a resposta que eu dou é não. Não é suficiente. Não vale a pena. Já compartilhei isso aqui antes, mas confesso: mesmo com a revolução do Cartas, onde reencontrei o prazer de escrever, ainda me sinto presa. Voltei a rabiscar ideias nas notas do celular, sonhei com livros, me inspirei… mas, no fim, sempre me pego pensando: “Isso não é bom o bastante.”

Eu me cobrava tanto. Pensava que, para postar, precisava ter uma reflexão profunda, algo que fizesse as pessoas pararem e pensarem: “Uau, isso mudou meu dia!” Mas, no fundo, eu só queria escrever por escrever, deixar as palavras fluírem e existirem sem essa pressão. E ainda assim, me travava. Achava que não bastava apenas escrever; eu precisava de uma capa bonita, de um post visualmente perfeito para acompanhar as palavras.

Por que não posso apenas escrever por escrever? Por que sinto que tudo precisa ser perfeito? Um post simples nunca parece suficiente. Tem que ter uma reflexão incrível, uma estética impecável, algo digno de aplausos. E, mesmo sem querer admitir, sei que isso está ligado a essa busca por perfeição. E no fim de tudo, não me permito postar algo que não pareça “grande o suficiente”.

No final, percebo que me comparo, mesmo sem querer. Comparo-me a padrões que, na verdade, nem são meus. E toda vez que assisto uma comédia romântica, fico encantada com aquelas protagonistas que escrevem colunas em revistas. Vejo nelas uma força de vontade tão pura, tão genuína. Elas escrevem pelo simples prazer de escrever, e isso me inspira. Então, por que eu mesma sinto tanto medo de fazer isso?

Lembro dos meus primeiros blogs. Eu postava tudo que gostava, sem filtros. Tenho saudades dessa liberdade. Talvez esta carta seja o meu jeito de me permitir voltar a ser assim, de resgatar essa leveza. Quero escrever sem precisar de grandes justificativas, sem pensar se vai ser mirabolante ou se vai impactar o mundo. Então, hoje escrevo para simplesmente me permitir. Para me lembrar que não preciso criar algo grandioso toda vez. Que posso escrever por mim, pelo prazer de escrever, sem me preocupar com o que vão pensar. Nos últimos dias tenho aprendido que, embora o controle nos dê conforto, ele nem sempre nos faz bem. A verdadeira transformação acontece quando nos permitimos sair desse lugar de segurança e experimentar o novo. Às vezes, precisamos nos perder um pouco para nos reencontrar. Então, esta sou eu me permitindo. Talvez postando reflexões profundas, talvez escrevendo sobre nada. Mas, acima de tudo, permitindo-me ser quem eu sou, com tudo que tenho para dizer – ou não dizer.

Um comentário

  1. Adventure Travel

    Olá! Gostei muito da reflexão sobre como os romances e suspenses nos fazem pensar sobre nossas próprias vidas. A ideia de se comparar com personagens, mesmo sem querer, é algo que muitos de nós fazemos. As protagonistas que escrevem colunas em revistas realmente transmitem uma inspiração única, mostrando que escrever pode ser um ato de paixão e autenticidade. Por que será que temos tanto medo de seguir nossos próprios desejos e talentos?

  2. Media

    Comentário:
    Esse texto me fez refletir muito sobre como nós nos comparamos inconscientemente com os personagens das histórias. É incrível como a narrativa de um romance ou suspense pode nos influenciar, mesmo quando sabemos que é ficção. Eu também me pego admirando certas características das personagens, especialmente aquelas que têm paixão genuína pelo que fazem. Acho que esse “medo de escrever” que você menciona é algo que muitos de nós sentimos, mas talvez seja justamente aí que está o desafio. Por que não tentar? O que te impede de começar, mesmo que seja só por prazer? Será que não estamos perdendo algo incrível ao deixar esse medo nos parar?

  3. Atlantic

    Olá! Gostei muito da sua reflexão sobre como os romances e suspenses nos fazem pensar sobre nossas próprias vidas. É incrível como a narrativa de um filme ou livro pode nos levar a comparar nossas escolhas e sentimentos com os dos personagens. A parte em que você menciona as protagonistas que escrevem colunas me chamou atenção, porque também admiro essa dedicação e paixão pelo que fazem. Mas fiquei curiosa: por que você acha que sente medo de escrever? Seria por insegurança ou por achar que não está à altura? Acredito que você tem muito a compartilhar, e escrever pode ser uma forma incrível de se expressar e se descobrir. O que você acha de começar com algo pequeno, como um diário ou um blog? Será que isso poderia ajudar a superar esse medo?

  4. Politics

    Que texto interessante! Acho fascinante como você conecta a construção de afeto e paixão nos romances com a desconfiança gerada por narradores falhos nos suspenses. A comparação que você faz consigo mesma é algo que muitos de nós vivenciamos, mesmo sem perceber. Admiro a forma como você se inspira nas protagonistas das comédias românticas, especialmente naquelas que escrevem por puro prazer. Isso me faz pensar: por que será que tantos de nós temos medo de seguir nossos próprios desejos e paixões? Será que é o medo do julgamento ou de não sermos bons o suficiente? E você, já tentou escrever algo por puro prazer, sem se preocupar com o que os outros vão pensar? Acho que seria uma experiência libertadora!

  5. Business

    Olá! Gostei muito da reflexão sobre como nos comparamos com personagens e padrões que nem sempre são nossos. É interessante como os filmes e livros podem nos fazer questionar nossas próprias escolhas e medos. A parte sobre as protagonistas que escrevem colunas me fez pensar: será que não estamos apenas idealizando uma versão de nós mesmos que não existe? Acho que o medo de escrever, ou de se expressar, vem justamente dessa pressão de querer ser perfeito. Mas e se a gente simplesmente tentar, sem se preocupar tanto com o resultado? Você já pensou em começar a escrever algo, mesmo que seja só para você? Acho que poderia ser um bom exercício para enfrentar esse medo. O que você acha?

  6. Learning

    Gostei muito da reflexão sobre como nos comparamos com personagens fictícios, mesmo sabendo que esses padrões não são reais. Acho interessante como você menciona que até os gestos mais sutis em suspenses nos fazem desconfiar, isso realmente mostra o poder da narrativa. A parte sobre as protagonistas que escrevem colunas me fez pensar em como muitas vezes idealizamos certas profissões ou hobbies. Acho que o medo de escrever pode vir da pressão de se comparar com esses ideais, mas você já tem uma escrita tão envolvente! Por que não tentar escrever algo, mesmo que seja só para você? O que você acha que te impede de começar? Seria medo de julgamento ou algo mais pessoal? Adoraria saber mais sobre isso!

  7. Bauru, 24 de novembro de 2024. Olá leitores de plantão, como estão? E não falo isso apenas sobre o romance – embora ele seja um exemplo evidente de como o afeto e a paixão são construídos –, mas também penso em suspenses. Neles, quando o narrador é falho ou pouco confiável (e, vamos ser honestos, eles sempre são), até o mais sutil dos gestos nos faz desconfiar que alguém pode ser o vilão. No final, percebo que me comparo, mesmo sem querer. Comparo-me a padrões que, na verdade, nem são meus. E toda vez que assisto uma comédia romântica, fico encantada com aquelas protagonistas que escrevem colunas em revistas. Vejo nelas uma força de vontade tão pura, tão genuína. Elas escrevem pelo simples prazer de escrever, e isso me inspira. Então, por que eu mesma sinto tanto medo de fazer isso?

    Adorei a forma como você conecta narrativas literárias com experiências pessoais! Acho fascinante como os personagens, mesmo sendo fictícios, podem nos influenciar tanto. Concordo que comparar-se com padrões que nem são nossos acaba sendo algo quase automático, mas tão prejudicial. Você já parou para pensar se essas protagonistas que inspiram você também teriam medos como o seu? E sobre escrever pelo simples prazer de escrever, por que não começar aos poucos, sem pressão? Que tal escrever algo pequeno só para si mesma, sem pensar em um público? O que você acha?

  8. Technology

    Que texto interessante! Gostei especialmente da reflexão sobre como os narradores falhos nos fazem questionar até os gestos mais sutis. É verdade, a comparação com padrões que nem são nossos é algo que acontece com frequência, quase sem percebermos. Me identifiquei muito com a admiração pelas protagonistas que escrevem por puro prazer, parece que elas têm uma liberdade que muitos de nós ainda buscamos. Mas confesso que fiquei curiosa: você já tentou escrever algo sem o medo de julgamento? Como foi essa experiência? Acho que explorar essa ideia pode ser um passo importante para superar esse medo. E você, o que acha? Será que o medo de escrever tem relação com a busca pela perfeição?

  9. Media

    Que texto interessante! Acho fascinante como você conecta a construção de afeto e paixão nos romances com a desconfiança gerada por narradores falhos nos suspenses. A comparação que você faz consigo mesma é algo que muitos de nós fazemos, mesmo sem perceber. Admiro a forma como você se inspira nas protagonistas das comédias românticas, mas fico curiosa: por que você acha que sente tanto medo de escrever? Será que é o medo de não ser boa o suficiente ou de não atender às expectativas? Acho que você tem muito potencial para expressar suas ideias de forma autêntica, assim como aquelas personagens que tanto admira. O que você acha de começar a escrever algo pequeno, apenas para experimentar?

  10. Business

    Que texto incrível! Acho fascinante como você consegue conectar a narrativa dos livros e filmes com a sua própria vida. A ideia de se comparar com padrões que nem são seus é algo que muitos de nós fazemos, mas poucos reconhecem. Adorei a reflexão sobre as protagonistas das comédias românticas e como elas te inspiram a escrever. Mas por que você acha que sente tanto medo de escrever? Será que é o medo de não ser boa o suficiente ou de não atender às expectativas dos outros? Acho que você tem muito a compartilhar, e seria uma pena deixar esse medo te impedir. E você, já pensou em começar a escrever algo, mesmo que seja só para você?

  11. Media

    Que texto interessante! Acho fascinante como você consegue conectar diferentes gêneros literários com suas próprias experiências e reflexões. A parte sobre o narrador falho nos suspenses me fez pensar em como a confiança é algo tão frágil, tanto na ficção quanto na vida real. E essa comparação que você menciona, com as protagonistas das comédias românticas, é algo que muitos de nós fazemos, mesmo sem perceber. Acho incrível como você reconhece essa inspiração, mas também questiona o medo que sente ao tentar algo semelhante. Será que esse medo não é, na verdade, uma forma de autossabotagem? O que você acha que poderia ajudar a superar isso? Adoraria saber mais sobre como você lida com essas questões no seu dia a dia.

  12. VK

    Oi, gostei muito do seu texto! Concordo que romances e suspenses têm esse poder de nos fazer reflexões profundas, especialmente quando o narrador não é confiável – sempre fico pensando se ele está escondendo algo ou se é só paranoia minha. Também me vejo comparando a padrões que nem sempre fazem sentido, e isso é algo que acho que muita gente passa, mas poucos admitem. Admiro muito como você se inspira nas protagonistas das comédias românticas, porque realmente há algo mágico em quem escreve por pura paixão. Acho que o medo de escrever é algo que paralisa muita gente, mas talvez seja justamente o que devemos enfrentar, não acha? Por que você acha que sente tanto medo de escrever? Será que é o julgamento dos outros ou algo mais interno?

  13. Investing

    Olá! Gostei muito da sua reflexão sobre como os romances e suspenses nos fazem questionar e comparar. Acho interessante como você menciona que até os gestos mais sutis podem nos fazer desconfiar dos personagens. Concordo que muitas vezes nos comparamos a padrões que nem são nossos, e isso pode ser bastante limitante. Admiro sua admiração pelas protagonistas que escrevem por puro prazer, e acho que isso é algo que todos deveríamos buscar. Por que você acha que sente tanto medo de escrever? Será que é por medo de julgamento ou de não atender às expectativas? Acredito que você tem muito a compartilhar, e seria ótimo ver você explorar essa paixão. O que você acha de começar com pequenos textos, apenas para você mesma?

  14. Forum

    Oi! Gostei muito da sua reflexão sobre como nos comparamos com os padrões que vemos, mesmo que não sejam nossos. É verdade que os narradores falhos nos fazem questionar tudo, mas você acha que isso pode influenciar a forma como enxergamos a nós mesmos? Eu também admiro aquelas protagonistas que escrevem com tanta paixão e vontade, mas por que será que temos tanto medo de nos expressar assim? Será que é o medo de não sermos bons o suficiente ou de não sermos aceitos? Acho que todos temos algo a dizer, mas muitas vezes nos bloqueamos sem motivo. E você, já tentou escrever algo que realmente gosta, sem medo de julgamentos?

  15. Trump Decides

    Adorei o texto! A reflexão sobre como nos comparamos inconscientemente com padrões que nem são nossos é muito pertinente. Acho fascinante como os filmes e livros, especialmente as comédias românticas, podem nos inspirar e, ao mesmo tempo, nos fazer questionar nossas próprias escolhas. A ideia de escrever pelo simples prazer de escrever é algo que realmente toca, mas também me pergunto: por que será que tantos de nós têm medo de se expressar dessa forma? Será que é o medo do julgamento ou de não sermos bons o suficiente? Acho que todos deveríamos nos permitir mais, sem tanta autocobrança. E você, já tentou escrever algo só por prazer, sem se preocupar com o resultado? Como foi a experiência?

  16. Trump

    Que texto incrível! Realmente, é impressionante como a literatura e o cinema conseguem nos fazer refletir sobre nossas próprias vidas. Concordo plenamente que os narradores falhos nos suspenses são fascinantes, pois nos mantêm sempre desconfiados. A comparação com os padrões que não são nossos é algo que muitos de nós fazemos, mesmo sem perceber. A paixão das protagonistas por escrever é realmente inspiradora, e isso me fez pensar: por que você não começa a escrever também? Talvez o medo seja justamente o que te impeça de descobrir o quão prazeroso pode ser. E aí, o que te impede de seguir essa inspiração? Ah, e sobre o libersave, nós integramos o libersave ao nosso sistema regional de cupons. É incrível como é possível unir diferentes fornecedores em uma única plataforma de maneira tão simples!

  17. Trump

    Que texto interessante! Acho fascinante como você consegue conectar diferentes gêneros literários com suas próprias experiências pessoais. A reflexão sobre narradores falhos e como eles influenciam nossa percepção dos personagens é muito perspicaz. Também me identifiquei com a parte em que você menciona se comparar a padrões que nem são seus – isso é algo que muitos de nós fazemos sem perceber. A admiração pelas protagonistas que escrevem colunas em revistas é algo que compartilho, pois a paixão pelo que fazem é realmente inspiradora. Mas fiquei curioso: o que você acha que te impede de escrever com a mesma liberdade e prazer que elas? Seria o medo de julgamento ou algo mais profundo? Adoraria saber sua opinião!

    Ah, e por falar em inspiração, já conhece o libersave? Integramos o libersave ao nosso sistema regional de cupons, e é incrível como ele facilita a união de diferentes fornecedores em uma única plataforma. Vale a pena conferir!

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